domingo, 5 de junho de 2011

6 Regras de Orwell para a escrita de artigos!

George Orwell, autor de A Revolução dos Bichos 1984, é autor também de Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios. Como o nome diz, esse livro é uma coletânea de ensaios. Um desses ensaios é "A política e a língua inglesa", em que prega a clareza e a objetividade na escrita literária. Um texto literário deveria ser resultado do exame minucioso dos fatos e da perpétua luta conta o lugar-comum.

Ele propõe seis regras que, com mínimas modificações, servem para o português contemporâneo. Além de apresentar as regras, anexo entre colchetes as minhas observações sobre a aplicação das regras à escrita de artigos científicos, quando sentir a necessidade. Eis as regras:


  1. Nunca use uma metáfora, símile ou outra figura de linguagem que se costuma ver impressa. [ Ou seja, evite os clichês. No caso de artigos científicos, evite o uso de clichês e também o excesso de jargão!]
  2. Nunca use uma palavra longa quando uma curta der conta do recado!
  3. Se for possível cortar uma palavra, corte-a sempre!
  4. Nunca use a voz passiva quando puder usar a ativa!
  5. Nunca use uma expressão estrangeira, uma palavra científica ou jargão se puder pensar num equivalente do português cotidiano! [No caso de artigo científico, o uso de expressões estrangeiras é o mesmo; só as use, se não houver uma palavra ou expressão que signifique o mais próximo possível o que o autor ou a comunidade da área quer dizer com o termo. Se não houver esse termo ou o mais próximo em português se mostrar insuficiente ou parecer estranho no uso científico, pode-se usar o termo ou expressão estrangeiros. Num texto científico, o que se espera é que se usem palavras científicas, mas sem pedantismo; o jargão deve ser usado com parcimônia, após se esclarecer no texto, se necessário, o que se entende pelo termo ou expressão!]
  6. Infrinja qualquer uma dessas regras antes de dizer alguma absoluta barbaridade!

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