sexta-feira, 10 de junho de 2011

Common Bugs in Writing Scientific Texts!

Hoje dou início à discussão regular de tópicos sobre boas práticas de escrita de artigos em inglês, bem como erros comuns a serem evitados. O primeiro lote de itens será retirado do seguinte site da Universidade Columbia/Computer Science Dept.: "Common Bugs in Writing". Obviamente, muitas dessas práticas servem para uso em português também, enquanto outras precisam ser discutidas e adaptadas ao nosso idioma.

A ideia é apresentar cada tópico como ele se encontra no site e depois, se for o caso, comentar em inglês mesmo o que penso dele, inclusive apresentando exemplos adicionais do que fazer ou não fazer! Seguirei a mesma numeração empregada no site para facilitar referência futura!
  1. Avoid use of passive tense if at all possible. Example: "In each reservation request message, a refresh interval used by the sender is included." reads better and shorter as "Each ... message includes ..." [It is just said "avoid" it, not "don't use" it! Sometimes it is unavoidable or preferable to use passive tense; when this is the case, relax and use it without any culprit feeling at all!]
  2. Use strong verbs instead of lots of nouns and simple terms rather than fancy-sounding ones. Examples:
    make assumption
    ---> assume
    is a function of
    ---> depends on
    is an illustration
    ---> illustrates, shows
    is a requirement
    ---> requires, need to
    utilizes
    ---> uses
    had difference
    ---> differed
  3. Check for missing articles, particularly if your native tongue doesn't have them:
  • Roughly, concepts and classes of things don't, most everything else more specific does: "Routers route packets. The router architecture we consider uses small rodents."
  • Don't use articles in front of proper nouns and names: "Internet Explorer is a popular web browser. The current version number is 5.0. Bill Gates did not write Internet Explorer."!

    domingo, 5 de junho de 2011

    6 Regras de Orwell para a escrita de artigos!

    George Orwell, autor de A Revolução dos Bichos 1984, é autor também de Como Morrem os Pobres e Outros Ensaios. Como o nome diz, esse livro é uma coletânea de ensaios. Um desses ensaios é "A política e a língua inglesa", em que prega a clareza e a objetividade na escrita literária. Um texto literário deveria ser resultado do exame minucioso dos fatos e da perpétua luta conta o lugar-comum.

    Ele propõe seis regras que, com mínimas modificações, servem para o português contemporâneo. Além de apresentar as regras, anexo entre colchetes as minhas observações sobre a aplicação das regras à escrita de artigos científicos, quando sentir a necessidade. Eis as regras:


    1. Nunca use uma metáfora, símile ou outra figura de linguagem que se costuma ver impressa. [ Ou seja, evite os clichês. No caso de artigos científicos, evite o uso de clichês e também o excesso de jargão!]
    2. Nunca use uma palavra longa quando uma curta der conta do recado!
    3. Se for possível cortar uma palavra, corte-a sempre!
    4. Nunca use a voz passiva quando puder usar a ativa!
    5. Nunca use uma expressão estrangeira, uma palavra científica ou jargão se puder pensar num equivalente do português cotidiano! [No caso de artigo científico, o uso de expressões estrangeiras é o mesmo; só as use, se não houver uma palavra ou expressão que signifique o mais próximo possível o que o autor ou a comunidade da área quer dizer com o termo. Se não houver esse termo ou o mais próximo em português se mostrar insuficiente ou parecer estranho no uso científico, pode-se usar o termo ou expressão estrangeiros. Num texto científico, o que se espera é que se usem palavras científicas, mas sem pedantismo; o jargão deve ser usado com parcimônia, após se esclarecer no texto, se necessário, o que se entende pelo termo ou expressão!]
    6. Infrinja qualquer uma dessas regras antes de dizer alguma absoluta barbaridade!